Vícios e virtudes na saúde mental: como apoiar e fortalecer o processo de mudança??

Vícios e virtudes na saúde mental: como apoiar e fortalecer o processo de mudança

Compreender o contraste entre vícios e virtudes é um passo essencial no cuidado em saúde mental. Os vícios, sob a ótica psicológica, não se resumem a dependências químicas: podem incluir padrões repetitivos de comportamento, como procrastinação, autossabotagem, compulsões e relações tóxicas — estratégias que, embora aliviem temporariamente a dor emocional, perpetuam o sofrimento. Já as virtudes, como a coragem, a paciência e a autodisciplina, são forças interiores que precisam ser identificadas, nutridas e fortalecidas (Peterson & Seligman, 2004).

Abordagem empática: como alertar sem julgar

É comum que pacientes não percebam os próprios comportamentos como problemáticos, especialmente quando esses padrões funcionam como mecanismos de defesa. Por isso, a abordagem precisa ser feita com empatia e cuidado. A psicoeducação é uma ferramenta poderosa: ao entender como o cérebro se adapta a comportamentos repetitivos, o paciente passa a enxergar suas escolhas com mais clareza. Técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), como a identificação de pensamentos automáticos e reestruturação cognitiva, ajudam nesse processo de conscientização (Beck, 2013).

Casos de superação: é possível mudar

Muitos pacientes chegam aos consultórios acreditando que não vão conseguir mudar. Mas histórias reais mostram o contrário. Um exemplo é o de Juliana*, que enfrentava um vício em redes sociais para fugir da solidão. Com apoio terapêutico, ela identificou o vazio por trás do comportamento e passou a construir novas conexões reais, desenvolvendo sua capacidade de diálogo e resgate da autoestima. Outro caso é o de Rodrigo*, que convivia com compulsão alimentar e autocrítica intensa. Ao longo das sessões, aprendeu a olhar para si com compaixão e substituiu a culpa por cuidado. A mudança é possível quando há suporte e ferramentas adequadas.

Ferramentas que apoiam a transformação

A jornada de mudança exige mais do que boa vontade. Técnicas como o Diário de Emoções, o uso de cartas de enfrentamento, técnicas de respiração e mindfulness, e o planejamento de metas realistas são ferramentas que oferecem estrutura emocional. A prática da autocompaixão, defendida por Kristin Neff (2011), também tem impacto direto na redução de recaídas, pois o paciente aprende a lidar com falhas sem abandonar o processo.

A importância de um ambiente acolhedor

Estudos mostram que o ambiente social e familiar exerce papel decisivo na recuperação emocional. Um espaço de apoio não julga, mas acolhe; não pressiona, mas motiva. Ambientes assim ajudam o paciente a se perceber pertencente e seguro — algo essencial para desenvolver virtudes como a coragem e a esperança. Em contextos de solidão ou críticas constantes, o risco de recaídas aumenta. Por isso, cultivar uma rede de apoio sólida é um dos fatores de proteção mais eficazes, conforme aponta a Teoria do Apego (Bowlby, 1988).

Um convite para crescer junto

Transformar vícios em virtudes é um caminho possível — e muito mais leve quando feito em comunidade. Se você ou alguém próximo está passando por esse processo, nossa comunidade está de portas abertas para acolher, orientar e apoiar. Aqui, você encontra profissionais de saúde mental prontos para escutar, ensinar e caminhar ao seu lado com base em evidências científicas e uma escuta acolhedora.
Não precisa enfrentar esse momento sozinho. Vem com a gente, na construção de uma nova etapa de sua vida!!

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